Colheita seletiva

Léo Custódio destaca que todo tipo de colheita sendo ela seletiva manual, seletiva mecanizada ou convencional, o sucesso na qualidade vai depender de uma boa secagem no pós-colheita

Publicado em: - 2 minutos de leitura

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Seletiva mecanizada x seletiva grão a grão

De uns anos para cá, a qualidade do café vem se destacando e os produtores se adaptando a uma nova realidade, e o que vem chamando mais atenção é o pós-colheita. O produtor já realiza um processo de rastreabilidade entre talhões, faces, variedades e dando mais atenção nesse fruto, além de levar para o consumidor uma nova experiência de sabores.

A colheita seletiva é um processo que vem crescendo muito ano a ano. Fazendas produtoras mostram como fazem esses processos não só para marketing, com fotos bonitas em redes sociais, mas porque o foco mudou, todos estão correndo atrás da excelência em qualidade da bebida. Alguns fazem isso para alavancar sua marca, outros para servir um bom café para visitas e outros para competir em concursos.

Figura 1

Nossas lavouras possuem floração irregular e não apresentam 100% dos grãos maduros, mas uma porcentagem entre frutos maduros, verdes, as e secos, tudo isso em uma única planta. Se colhermos com essas características, podemos fazer o processo de secagem natural ou cereja descascado, mas isso já fazemos há muitos anos. É uma técnica que dominamos.

Atualmente a atenção está voltada para a colheita seletiva, que pode ser de 2 a 10 vezes mais cara do que a convencional. Quando falamos de colheita seletiva grão a grão, na maioria das vezes é para o pequeno produtor, pois sabemos que o custo é elevado e que um safrista, mesmo treinado para a busca dos melhores frutos, chega à colher de 40 litros a 200 litros por dia, enquanto ele poderia, em uma colheita convencional, colher até 1.800 litros por dia. Mas o que estamos falando é sobre a excelência em qualidade, quando o profissional degustador fizer uma avaliação na bebida, o que ele mais busca é o equilíbrio de aromas e sabores, dentre eles corpo, doçura, acidez e uma boa finalização.

Figura 2

Vamos falar agora da colheita seletiva mecanizada

Para aqueles que possuem grandes áreas, em menores altitudes, climas mais quentes, o ideal é analisar a janela do cereja e observar o ponto de maturação. Geralmente a maturação inicia no terço superior da planta, no ponteiro, dessa forma é necessário retirar as hastes da colhedeira que não serão utilizadas na colheita seletiva, ou seja, as hastes do terço médio e terço inferior. Lembrando que é bom fazer uma boa regulagem na velocidade e na vibração da colhedeira, para que somente os grãos maduros sejam colhidos.

Figura 3

Esse processo de seletiva mecanizada possui um custo elevado, chegando a dobrar de valor comparado com o convencional. Porém, é um processo que recomendo para se ter uma colheita com mais qualidade e diminuir o estresse provocado na planta pelo maquinário.

Uma dica: todo tipo de colheita, sendo ela seletiva manual, seletiva mecanizada ou convencional, o sucesso na qualidade vai depender de uma boa secagem no pós-colheita.

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Material escrito por:

Leonardo Custódio

Leonardo Custódio

Técnico em Cafeicultura, supervisor de qualidade da empresa Agro Fonte Alta, Q-Grader e mestre de torra

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Seletiva mecanizada x seletiva grão a grão

De uns anos para cá, a qualidade do café vem se destacando e os produtores se adaptando a uma nova realidade, e o que vem chamando mais atenção é o pós-colheita. O produtor já realiza um processo de rastreabilidade entre talhões, faces, variedades e dando mais atenção nesse fruto, além de levar para o consumidor uma nova experiência de sabores.

A colheita seletiva é um processo que vem crescendo muito ano a ano. Fazendas produtoras mostram como fazem esses processos não só para marketing, com fotos bonitas em redes sociais, mas porque o foco mudou, todos estão correndo atrás da excelência em qualidade da bebida. Alguns fazem isso para alavancar sua marca, outros para servir um bom café para visitas e outros para competir em concursos.

Figura 1

Nossas lavouras possuem floração irregular e não apresentam 100% dos grãos maduros, mas uma porcentagem entre frutos maduros, verdes, as e secos, tudo isso em uma única planta. Se colhermos com essas características, podemos fazer o processo de secagem natural ou cereja descascado, mas isso já fazemos há muitos anos. É uma técnica que dominamos.

Atualmente a atenção está voltada para a colheita seletiva, que pode ser de 2 a 10 vezes mais cara do que a convencional. Quando falamos de colheita seletiva grão a grão, na maioria das vezes é para o pequeno produtor, pois sabemos que o custo é elevado e que um safrista, mesmo treinado para a busca dos melhores frutos, chega à colher de 40 litros a 200 litros por dia, enquanto ele poderia, em uma colheita convencional, colher até 1.800 litros por dia. Mas o que estamos falando é sobre a excelência em qualidade, quando o profissional degustador fizer uma avaliação na bebida, o que ele mais busca é o equilíbrio de aromas e sabores, dentre eles corpo, doçura, acidez e uma boa finalização.

Figura 2

Vamos falar agora da colheita seletiva mecanizada

Para aqueles que possuem grandes áreas, em menores altitudes, climas mais quentes, o ideal é analisar a janela do cereja e observar o ponto de maturação. Geralmente a maturação inicia no terço superior da planta, no ponteiro, dessa forma é necessário retirar as hastes da colhedeira que não serão utilizadas na colheita seletiva, ou seja, as hastes do terço médio e terço inferior. Lembrando que é bom fazer uma boa regulagem na velocidade e na vibração da colhedeira, para que somente os grãos maduros sejam colhidos.

Figura 3

Esse processo de seletiva mecanizada possui um custo elevado, chegando a dobrar de valor comparado com o convencional. Porém, é um processo que recomendo para se ter uma colheita com mais qualidade e diminuir o estresse provocado na planta pelo maquinário.

Uma dica: todo tipo de colheita, sendo ela seletiva manual, seletiva mecanizada ou convencional, o sucesso na qualidade vai depender de uma boa secagem no pós-colheita.

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