Os perigos do plantio de poucos clones na formação de lavouras de conilon
Por Carlos Otávio R. Constantino, engenheiro agrônomo e Wander Ramos Gomes, mestre e engenheiro agrônomo da Cooabriel.
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Engenheiro Agrônomo formado na UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense. Atua como consultor técnico no Projeto Conilon Eficiente COOABRIEL.
Por Carlos Otávio R. Constantino, engenheiro agrônomo e Wander Ramos Gomes, mestre e engenheiro agrônomo da Cooabriel.
Os agrônomos da Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel) sugerem 5 métodos de manejo. Por Bruno Sergio Oliveira, Carlos Otávio Ribeiro Constantino , Roberto on Casagrande.
O tema qualidade vem sendo uma discussão freqüente na cafeicultura, verificamos que no caso do café arábica ocorreu avanço significativo nos últimos anos, porém no conilon o avanço ainda é pequeno. O fato da produtividade ter aumentado significativamente possibilitou ao produtor aumentar seus ganhos o que por sua vez fez com que o mesmo ignorasse a qualidade. Observamos que as discussões sobre este tema vêm sendo recorrentes ao conilon, ultimamente, vivemos a velha história "o produtor não faz qualidade porque não tem preço, a indústria não paga a mais porque não tem volume". Sendo assim percebemos que o desafio é romper este paradigma.
No artigo anterior comentamos sobre as crises de preço na cafeicultura, buscando propiciar ao leitor entender o comportamento da mesma para o café conilon. Neste artigo buscaremos mostrar o que o produtor pode fazer "dentro da porteira" para sobreviver às crises de preço, mantendo boa rentabilidade e lavouras produtivas.
As crises de preço na cafeicultura é um fato comum, sendo que a cada crise temos algum fato inovador ou mudança de comportamento. No geral a crise é fruto da velha lógica de oferta e procura do produto em questão, ou seja se há excesso de oferta o preço baixa e se há produto em falta o preço sobe e quando isso acontece o produtor logo aumenta o investimento nas lavouras existentes ou o plantio de novas lavouras e dentro de certo período a produção aumenta.
Nas ultimas décadas, a agropecuária, assim como todos os demais setores da economia mundial, ou por profundas transformações, que demoraram para serem absorvidas pelos "atores" do sistema. No setor agropecuário verificamos que muitos produtores não conseguiram absorver as transformações ocorridas nem se despertaram para a necessidade de usar tecnologias disponíveis.
O custo de produção é um instrumento importante para que o empresário da atividade cafeeira saiba auferir lucro e tenha claro quais são seus gastos. Entretanto, apesar de seu cálculo envolver algumas questões simples, outras são um pouco complexas, razão pela qual seu uso é pouco disseminado entre os produtores rurais. O presente artigo tem por objetivo explicar como é composto o custo de produção, para facilitar o entendimento do leitor.
Com relação ao item qualidade, temos verificado que, apesar da pouca valorização em relação a este item para o café conilon, o produtor não deve desconsiderá-la. Na grande maioria das vezes, as grandes perdas de qualidade encontram-se no processo de pós-colheita e podem ser revertidas sem custo adicional considerável. Tendo-se em vista que a diferença de preço de um tipo 7 para 7/8 é de R$ 3,00/sc, no caso de produtividade de 60 sacas ter-se-ia uma perda de R$ 180,00 por ha.
Muito se tem comentado recentemente sobre a rentabilidade do café conilon, porém o que se verifica comumente é o desconhecimento da atividade por parte dos produtores, em especial de estados onde tradicionalmente se cultiva o café arábica. A rentabilidade da cultura do conilon só é satisfatória quando se tem altas produtividades (a partir de 40 sc/ha), o que poucas propriedades conseguem, na média, alcançar.
O investimento deve ter acompanhamento sistemático, tanto no item técnico, que definirá os procedimentos a serem adotados na lavoura, como gerencial, que além de permitir a aferição dos investimentos e resultados, permitirá saber a melhor forma de realizá-los, com vista no objetivo estabelecido. Investir, simplesmente, não significa obter seguramente os resultados.
A cafeicultura, em especial a do conilon, vem atravessando um bom momento, marcado, sobretudo pelas elevações dos preços do produto e do notável avanço tecnológico que vem propiciando acréscimo significativo na produtividade. No entanto, é notável o aumento no custo de produção, impactado principalmente pelas sucessivas altas nos preços dos adubos e do preço da mão-de-obra.
Engenheiro Agrônomo formado na UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense. Atua como consultor técnico no Projeto Conilon Eficiente COOABRIEL.
Por Carlos Otávio R. Constantino, engenheiro agrônomo e Wander Ramos Gomes, mestre e engenheiro agrônomo da Cooabriel.
Os agrônomos da Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel) sugerem 5 métodos de manejo. Por Bruno Sergio Oliveira, Carlos Otávio Ribeiro Constantino , Roberto on Casagrande.
O tema qualidade vem sendo uma discussão freqüente na cafeicultura, verificamos que no caso do café arábica ocorreu avanço significativo nos últimos anos, porém no conilon o avanço ainda é pequeno. O fato da produtividade ter aumentado significativamente possibilitou ao produtor aumentar seus ganhos o que por sua vez fez com que o mesmo ignorasse a qualidade. Observamos que as discussões sobre este tema vêm sendo recorrentes ao conilon, ultimamente, vivemos a velha história "o produtor não faz qualidade porque não tem preço, a indústria não paga a mais porque não tem volume". Sendo assim percebemos que o desafio é romper este paradigma.
No artigo anterior comentamos sobre as crises de preço na cafeicultura, buscando propiciar ao leitor entender o comportamento da mesma para o café conilon. Neste artigo buscaremos mostrar o que o produtor pode fazer "dentro da porteira" para sobreviver às crises de preço, mantendo boa rentabilidade e lavouras produtivas.
As crises de preço na cafeicultura é um fato comum, sendo que a cada crise temos algum fato inovador ou mudança de comportamento. No geral a crise é fruto da velha lógica de oferta e procura do produto em questão, ou seja se há excesso de oferta o preço baixa e se há produto em falta o preço sobe e quando isso acontece o produtor logo aumenta o investimento nas lavouras existentes ou o plantio de novas lavouras e dentro de certo período a produção aumenta.
Nas ultimas décadas, a agropecuária, assim como todos os demais setores da economia mundial, ou por profundas transformações, que demoraram para serem absorvidas pelos "atores" do sistema. No setor agropecuário verificamos que muitos produtores não conseguiram absorver as transformações ocorridas nem se despertaram para a necessidade de usar tecnologias disponíveis.
O custo de produção é um instrumento importante para que o empresário da atividade cafeeira saiba auferir lucro e tenha claro quais são seus gastos. Entretanto, apesar de seu cálculo envolver algumas questões simples, outras são um pouco complexas, razão pela qual seu uso é pouco disseminado entre os produtores rurais. O presente artigo tem por objetivo explicar como é composto o custo de produção, para facilitar o entendimento do leitor.
Com relação ao item qualidade, temos verificado que, apesar da pouca valorização em relação a este item para o café conilon, o produtor não deve desconsiderá-la. Na grande maioria das vezes, as grandes perdas de qualidade encontram-se no processo de pós-colheita e podem ser revertidas sem custo adicional considerável. Tendo-se em vista que a diferença de preço de um tipo 7 para 7/8 é de R$ 3,00/sc, no caso de produtividade de 60 sacas ter-se-ia uma perda de R$ 180,00 por ha.
Muito se tem comentado recentemente sobre a rentabilidade do café conilon, porém o que se verifica comumente é o desconhecimento da atividade por parte dos produtores, em especial de estados onde tradicionalmente se cultiva o café arábica. A rentabilidade da cultura do conilon só é satisfatória quando se tem altas produtividades (a partir de 40 sc/ha), o que poucas propriedades conseguem, na média, alcançar.
O investimento deve ter acompanhamento sistemático, tanto no item técnico, que definirá os procedimentos a serem adotados na lavoura, como gerencial, que além de permitir a aferição dos investimentos e resultados, permitirá saber a melhor forma de realizá-los, com vista no objetivo estabelecido. Investir, simplesmente, não significa obter seguramente os resultados.
A cafeicultura, em especial a do conilon, vem atravessando um bom momento, marcado, sobretudo pelas elevações dos preços do produto e do notável avanço tecnológico que vem propiciando acréscimo significativo na produtividade. No entanto, é notável o aumento no custo de produção, impactado principalmente pelas sucessivas altas nos preços dos adubos e do preço da mão-de-obra.